Vamos ver como a indústria está se comprometendo com essa evolução?

Nos últimos anos, a inclusão se tornou uma palavra obrigatória no mundo da moda e do luxo. Sob a pressão de uma geração para a qual a conscientização é fundamental e que espera que as marcas sejam socialmente responsáveis e representem a humanidade em toda a sua diversidade, o setor está mexendo em seus próprios códigos e construindo novas narrativas e posicionamentos.
Ao longo dos anos, muitos designers tomaram uma posição sobre questões sociais e políticas, como sustentabilidade, mudança climática, racismo e direitos LGBTQIA + . Com o alcance da internet, a mídia social deu aos consumidores muito mais informação e, principalmente, uma voz e um canal direto para se comunicar com as empresas. Nos últimos anos, os modelos de etnias, idades, gêneros e tamanhos diversos tornaram-se mais numerosos nas passarelas e cada vez mais procurados por marcas. Esta evolução marca o início de uma jornada para a aceitação da diversidade humana no sentido mais amplo, tanto na aparência quanto na identidade. Vamos ver como a moda está se comprometendo com essa evolução?
Rihanna – Fenty x Savage

Em 2016, a cantora Rihanna foi uma das grandes precursoras do movimento, quando quase sozinha, com sua marca Fenty, criou uma linha de maquiagem para todos os tipos e cores de pele, disponibilizando mais de 50 tons de base e uma linha de lingerie (Fenty x Savage) para todos os tipos de corpos, com uma variedade enorme de mulheres posando e caminhando com as peças em shows ao vivo.


Victoria’s Secret

Uma grande prova de que os consumidores realmente mudaram é a quase falência de umas das marcas de lingerie mais famosas do mundo. Enquanto o desfile de lingerie da Fenty ganhava as mídias, o desfile antes tão esperado da Victoria ‘s Secret não aconteceu no ano passado. O conceito das “angels” perfeitas e altamente padronizadas estava muito ultrapassado e desconectado da realidade. Além disso, as posições de executivos da marca que se negavam a acompanhar as mudanças, só contribuíram para o público se desligar da utopia e migrar para marcas mais representativas.


A empresa em um último esforço para se reerguer está passando por uma grande reformulação e além de anunciar Martin Waters como novo CEO, a empresa criou o “VS Collective”, uma nova “parceria” que contará com porta-vozes incluindo a estrela do futebol Megan Rapinoe, a modelo trans Valentina Sampaio, a esquiadora olímpica Eileen Gu, e a atriz Priyanka Chopra Jonas. As Angels com asas e lingeries brilhantes serão trocadas por um coletivo descrito como “um grupo cada vez maior de mulheres talentosas que compartilham uma paixão comum para impulsionar mudanças positivas.” Martin também declarou: “Por meio de relações sociais, culturais e comerciais, o VS Collective trabalhará para criar novos programas de associados, coleções de produtos revolucionários, conteúdo atraente e inspirador e reunir apoio para causas importantes para as mulheres.”
A marca também está expandindo sua gama de produtos para incluir mais roupas esportivas e funcionais, como sutiãs de amamentação. Os tamanhos e até os manequins de loja virão em uma variedade maior de formas, além de haver especulação de trazer de volta o desfile anual Victoria ‘s Secret Fashion Show de uma forma muito diferente.




- Top Cropped NXT LVL Tricô Jacquard Rosa e VermelhoCOMPRAR
- Body Frente Única Iorane Disco Azul MarinhoCOMPRAR
- Top Cropped Iorane Rib Cinza MesclaCOMPRAR
- Body Feminino NXT LVL Preto RaioCOMPRAR
Bottega Veneta

A grife tem sido bem disruptiva e inovadora não só em estratégia, como quando optou por sair de todas as redes sociais, mas também nas suas escolhas de representatividade em suas campanhas. A grife além de incluir modelos com idades, biotipos e identidades super diversas, também lançou uma revista digital multi-sensorial que mostra uma narrativa desconstruída e inteligente.


Gucci

A Gucci é outra marca que há tempos se compromete com a causa. Além de campanhas inclusivas, a marca lançou vários projetos voltados ao assunto. A Gucci Changemakers é um plano de ação e de longo termo em relação à diversidade e inclusão e o Gucci Equilibrium é um portal no qual traz uma iniciativa que reduz o impacto ambiental ao mesmo tempo em que prioriza a individualidade, o respeito e a liberdade de se expressar.






- Saia Feminina Midi NXT LVL Raio AzulCOMPRAR
- Calça Feminina Cigarrete NXT LVL Estrelas NudeCOMPRAR
- Saia Feminina Curta NXT LVL Estrela NudeCOMPRAR
- Blusa Feminina Iorane Tricot gola alta BordeauxCOMPRAR
Versace

A Versace também vem dando apoio á diversidade e a comunidade LGBTQIA+ em suas coleções. O desfile Spring 2021 foi muito comentado não só pela coleção memorável inspirada no fundo do mar, mas também pela escalação de Precious Lee (que fez a abertura do desfile) e de outras várias modelos plus size. Essa iniciativa contrasta muito com o histórico da marca, o que enfatiza cada vez mais a tendência crescente.


Balenciaga

A marca sempre foi aberta a celebrar as diferenças com os vários desfiles e campanhas que incluíam todas as idades, gêneros e cores. Recentemente a grife se juntou a Ru Paul, a personalidade drag de maior sucesso do mundo, para assinar uma linha de produtos unissex e também colaborar com uma playlist para o canal Apple Music da marca.






- Saia Feminina Midi NXT LVL Cotelê RoxoCOMPRAR
- Body Feminino NXT LVL Decote Cruzado RoxoCOMPRAR
- Saia Feminina Midi Iorane Tweed PretoCOMPRAR
- Saia Feminina Midi Iorane Vinil PretoCOMPRAR
As marcas, afinal de contas, são feitas por pessoas e as mesmas devem consumir marcas com as quais se identificam. Podemos observar uma nova estética emergindo, que é inclusiva, quebra com a rigidez do passado e abraça pessoas na busca por igualdade. Com tantas mudanças caóticas no último ano, ao menos vemos uma onda de representatividade para nos dar esperança e perspectiva de um mercado mais diverso.
Fontes:
https://www.vogue.com/fashion-show
